AGRONEGÓCIO

Governador mineiro destaca o avanço do agronegócio na produção de “energias limpas”

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O governador em exercício de Minas Gerais, Professor Mateus, traçou um panorama do agronegócio em Minas Gerais e no Brasil durante a segunda edição do GRI Agro, evento realizado nesta quinta-feira (09.11), em São Paulo.

Ele foi um dos debatedores da mesa-redonda “Desenvolvimento Regional: Quais as prioridades das Agendas Estaduais para Impulsionarem o setor?”, que também reuniu o governador do Paraná, Ratinho Junior, e a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sílvia Massruhá.

Durante o debate realizado para investidores e empresários do setor, Professor Mateus detalhou os avanços e desafios para o setor e ilustrou a diversidade do agro mineiro, desde a vasta produção tradicional de leite, café, grãos e carnes, até a introdução de produtos como azeites e uvas para a produção de vinhos.

O vice-governador atribuiu essa versatilidade ao trabalho de pesquisa desenvolvido por instituições como a Embrapa, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). “O agro cresceu tanto no estado que representa 23,5% do nosso PIB, o que para nós é motivo de muito orgulho”, observou.

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Ele ressaltou ainda que esse trabalho tem sido desenvolvido em consonância com a legislação ambiental, área priorizada pelo Governo de Minas, que se tornou o primeiro estado da América Latina e Caribe a aderir à campanha Race to Zero, para zerar emissões líquidas de carbono até 2050.

Para o governador em exercício de Minas, foi essencial a colaboração com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

“Nossas metas foram construídas em conjunto com a indústria e o agronegócio, uma estratégia reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) e que nos coloca no caminho certo para o agronegócio do futuro”, analisou.

Ainda dentro da preocupação com a chamada Economia Verde, Professor Mateus lembrou de trabalhos desenvolvidos em Minas e que contribuem para a meta de redução de carbono, como o fato de ser o maior estado brasileiro em volume de florestas plantadas.

Ele frisou ainda o potencial da economia mineira, diante da relevância do setor sucroalcooleiro para o fornecimento de uma energia limpa para os automóveis. “Nós somos o segundo estado em produção de cana de açúcar, e o terceiro maior produtor de álcool”.

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Professor Mateus ainda destacou os desafios sobre os quais o governo tem se debruçado para potencializar a produção rural em Minas, como o aprimoramento das estradas para o devido escoamento da produção, a necessidade de mudanças na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para permitir a transmissão de energia adequada para os produtores rurais, e a capacitação de mão de obra, por meio do programa Trilhas de Futuro, que busca contemplar a demanda por trabalhadores qualificados no campo. São passos essenciais para que o estado contribua para a produção de alimentos em escala global.

“Há uma expectativa do resto do mundo de que o Brasil seja capaz de multiplicar a produção de alimentos nos próximos anos, e Minas Gerais quer fazer parte desse processo, nos tornando grandes fornecedores de alimentos para o mundo”, concluiu o governador em exercício.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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